Eleição após eleição, mandato após mandato, repetidas vezes candidatos corruptos e incompetentes são eleitos e reeleitos. Mas a pergunta que, com certeza nos fazemos, durante o período dos catastróficos mandatos é: por quê? Por causa da lógica que atualmente rege as eleições. Mas que lógica é esta? É a lógica do “melhor entre os piores”. Ela funciona da seguinte forma:
Observe que todo período eleitoral se inicia de maneira relativamente respeitosa, onde cada candidato expõe sua proposta de trabalho que inclui sempre os mesmos pontos: saúde, educação, transporte, segurança, moradia, mais emprego, melhores salários, menos impostos, o fim da corrupção e da impunidade.
No entanto, a grande maioria da população já não acredita mais nestas falsas promessas que, apesar de serem necessidades reais e urgentes, na boca dos candidatos, são apenas mentiras ditas para ganhar votos.
É neste ponto que a estratégia de eleição muda, e se inicia a lógica do “melhor entre os piores”. É o momento em que os discursos, debates e propagandas, se esforçam para provar que o “outro candidato” é incompetente, corrupto, mentiroso, omisso, e tenta encontrar nele uma falta grave que o prejudique frente à opinião pública. Observe que cada candidato faz isso contra todos os seus adversários, em maior ou menor intensidade. Com isso, o candidato que convence os eleitores de que seus adversários são “piores que ele”, ou seja, que ele é “o melhor entre os piores” vence a eleição. É sempre assim.
Portanto, ao invés de votarmos no candidato que nos representa, ou seja, naquele que acreditamos ser o mais competente para o cargo, votamos no “melhor entre os piores”. Na verdade votamos em um candidato porque não queremos que os outros ganhem, porque fomos convencidos que os outros são piores, e que pelo menos este, o candidato em que estamos votando, “rouba, mas faz”.
É por isso que todo candidato incompetente e corrupto sempre tenta a eleição e a reeleição: ele sabe que sempre terá uma chance de provar que é “o melhor entre os piores”.
domingo, 23 de outubro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
O Inconsciente Poder das Massas.
Se apenas um parar é demitido, se todos pararem é greve, se um não comprar é irrelevante, se ninguém comprar é improdutível, um voto é desprezível, sem nenhum é inelegível.
A questão aqui não é a admirável habilidade de Davi... é como despertar e coordenar a estupenda força de Golias. Um gigante que desconhece sua própria força... possui um braço direito que não conhece o esquerdo, pernas que não o levam a lugar algum, possui vontade mas não sabe falar, têm necessidades mas não sabe agir.Nesta história, é Golias quem deve vencer Davi. Mas como?
Quando cada célula tomar consciência de seu papel neste grande corpo, então ele começará a se movimentar... seus braços poderão criar e utilizar as ferramentas necessárias para a construção, suas pernas o levarão pelo caminho.
Os melhores músicos, juntos, não são uma orquestra, se não tocarem a mesma música, no tempo certo, em harmonia com o todo. A percepção do todo é indispensável para a ação individual.
A questão “penso logo existo”, para este Golias, é crucial.
Assinar:
Postagens (Atom)